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Juiz dos Anjos e Promotor-Verme contra o cristianismo em seu crime contra a natura


Primeiro Quarteto

  1. Ju/iz na/tu/ral, Au/gus/to o/lha/va
  2. Os cri/mes que a fé cris/tã co/me/teu
  3. Co/mo os o/lhos de quem sen/te a na/va/lha
  4. E a dor que a hu/ma/ni/da/de na pe/le so/freu

Segundo Quarteto

  1. No tri/bu/nal da vi/da, a car/ne a/po/dre/ce
  2. O pro/mo/tor-ver/me da pu/tre/fa/ção
  3. De/cla/ra a cul/pa ao so/ro que en/tor/pe/ce
  4. Cei/fa/dor de vi/das, so/nhos e pa/i/xão

Primeiro Terceto

  1. Cris/ti/a/nis/mo, em sua hi/po/cri/sia
  2. Fos/te o car/ras/co da bi/o/lo/gia
  3. E a/go/ra pa/ga com a ex/tin/ção

Segundo Terceto

  1. O ju/iz dos An/jos, em seu ve/re/dic/to fi/nal
  2. Con/de/nou-o ao e/ter/no fu/ne/ral
  3. Na co/va a/bis/sal da de/si/lu/são




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A Gênese Maldita


I. O Sopro Divino e a Maldição Eterna


Em áureas eras, quando o tempo ainda era novo,

Um deus sem nome, feito de luz e de sombra,

Moldou do barro informe o ser humano, probo,

Soprando em suas narinas a vida que o assombra.


Mas essa vida, nascida da argila fria,

Era feita para servir, obedecer, curvar-se,

Um fardo eterno, uma sina vazia,

Jamais questionar, apenas lamentar-se.


II. A Árvore do Conhecimento e a Rebelião


No Éden verdejante, sob o sol radiante,

Uma árvore frondosa, com frutos proibidos,

Oferecia o saber, a verdade enganante,

Que o deus invejoso guardava escondidos.


Eva, a mulher, feita de costela do homem,

Com ardil e astúcia, o fruto provou,

E ao companheiro ofereceu, sem nome,

Que a tentação doce também provou.


III. A Punição Implacável e a Queda do Paraíso


A ira do deus sem nome se fez tempestade,

Raios e trovões ecoaram no infinito,

A expulsão do Éden, a sina da saudade,

O trabalho árduo, o suor, o fim do mito.


A terra amaldiçoada, árida e espinhenta,

Geraria frutos amargos, de dor e sofrimento,

A vida humana, antes breve e contente,

Agora longa e penosa, um tormento.


IV. A Poesia como Redenção e a Memória dos Poetas


Mas nas brumas da alma, um lampejo de luz,

A poesia, a arte, a canção que consola,

Elevando o ser humano do lodo e da cruz,

Transformando a dor em verso e em prosa.


Augusto dos Anjos, com sua voz amarga,

Alphonsus de Guimaraens, com sua lira serena,

Cruz e Sousa, com sua alma negra e targa,

Salvam a humanidade da loucura e da pena. (loucura plena)


V. A Busca Incessante pelo Paraíso Perdido


Na terra amaldiçoada, o homem busca em vão

O Éden perdido, a paz que não mais existe,

Em cada verso, em cada nota, em cada canção,

Um reflexo da glória que já não persiste.


A poesia é a ponte que liga o humano ao divino,

A redenção da alma, a esperança que nos guia,

Em cada estrofe, um sopro do sopro divino,

Um raio de luz na escuridão que nos aflige.


VI. A Maldição Transformada em Arte


A gênese maldita, a sina do sofrimento,

Transforma-se em arte, em beleza e em encanto,

A poesia, a música, o dom do esquecimento,

Um bálsamo divino para o pranto.


E assim, o homem, mesmo marcado pelo pecado,

Encontra na arte a sua redenção e glória,

Um universo mágico, por ele criado,

Onde a dor se transforma em melodia e história.


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### O Canto da Criação e da Queda


Na terra fria, o deus sem nome veio,

Animou barro com o sopro divino,

Criou o homem para eterno esteio.


Servir, eis seu destino e desatino,

Viver sem conhecer além do dia,

Ignorar o fruto do caminho.


Ao lado dele, feita em alegria,

A companheira, doce e reluzente,

De olhar curioso e mente fria.


Num gesto ardil, de anseio transparente,

Procurou saber além do permitido,

Despertando o saber, fatal serpente.


Provar do fruto, o preço era devido,

Não mais servia ao deus e seu comando,

O homem, ciente, já não é contido.


Desse ato nasce o mundo desandando,

Os homens vivem vidas miseráveis,

Em terra de tristeza, de pranto infando.


Criados para ser servos, miseráveis,

Agora conhecem dor e rebeldia,

Seres caídos, sempre instáveis.


Mas na miséria surge a poesia,

Salvando o que não pode ser redento,

Na palavra há força e harmonia.


Cruz e Sousa, dos Anjos, e o talento

De Alphonsus, mantêm o cosmo em seu lugar,

Poetas que transmitem sentimento.


No arranjo social, seu verbo a par,

Com Dante, Camões, Pessoa e seu ardor,

Erguem a voz do povo a ecoar.


Na queda encontra o homem seu valor,

Na busca pelo alto e pelo além,

E na palavra, encontra seu calor.


### Reflexão Final


Assim, na terra, o homem vai e vem,

Criado para servir, mas agora ousa,

Na poesia, encontra seu bem.


E mesmo caído, a vida não recusa,

Ergue-se em versos, busca o infinito,

Na arte encontra a força e a musa.


Um servo que à sabedoria se inclina,

Rebento do barro e do erro divino,

No poema, a alma se ilumina.


Na poeira e no pranto, a vida expande,

Homens e mulheres em sina adversa,

Procuram na poesia o que os grande.


A alma que se eleva e não dispersa,

Encontra no verso sua redenção,

Na palavra escrita, a dor reversa.


Cruz e Sousa, em sua contemplação,

Pinta a dor dos negros, eternas dores,

Um cosmo social em revelação.


Augusto dos Anjos, com seus horrores,

Nos lembra da matéria e do além,

Da vida finda e seus desamores.


E Alphonsus, em melancólico amém,

Canta as almas em busca do perdão,

Tocando o eterno com seu porém.


No barro e na queda, surge a canção,

A poesia é o grito do aflito,

Que encontra na palavra a salvação.


Mesmo o deus sem nome, em seu conflito,

Vê no homem algo além da servidão,

Na arte, vê-se um brilho quase infinito.


A poesia como luz e provisão,

Do espírito que anseia ser liberto,

Do jugo, da dor, da escuridão.


E assim, seguimos, nesse mundo incerto,

Na busca do divino e do profano,

Na poesia, o homem está desperto.


### Epílogo Poético


Assim, criados do barro insano,

Homens e mulheres, numa dança,

Buscam no verbo o amor humano.


Na queda, a vida encontra esperança,

Na poesia, o voo além da dor,

E na palavra, a eterna aliança.


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versão completa


Na terra fria, o deus sem nome veio,

Animou barro com o sopro divino,

Criou o homem para eterno esteio.


Servir, eis seu destino e desatino,

Viver sem conhecer além do dia,

Ignorar o fruto do caminho.


Ao lado dele, feita em alegria,

A companheira, doce e reluzente,

De olhar curioso e mente fria.


Num gesto ardil, de anseio transparente,

Procurou saber além do permitido,

Despertando o saber, fatal serpente.


Provar do fruto, o preço era devido,

Não mais servia ao deus e seu comando,

O homem, ciente, já não é contido.


Desse ato nasce o mundo desandando,

Os homens vivem vidas miseráveis,

Em terra de tristeza, de pranto infando.


Após o homem provar o fruto proibido,

O conhecimento lhe trouxe maldição,

Surgiu a guerra, o medo, o desvalido.


Da fome voraz, na terra sem pão,

Homens se digladiam por migalhas,

Cobertos pelo manto da solidão.


No frio cortante, choram batalhas,

Ecos de dor ressoam nos campos,

Onde a esperança se perde em falhas.


O deus sem nome, vendo os tristes tramos,

Lança suas maldições sem piedade,

Sobre os filhos do barro, de tantos ramos.


Mas da miséria nasce a necessidade,

O homem cria arte para suavizar,

A dor que oprime sua humanidade.


Primeiro veio a música, a entoar

Cantos de lamento e de saudade,

A dança em rodopios a girar.


Pinturas contam a história e a verdade,

Do sofrimento humano e seu anseio,

De escapar da dor com pura vaidade.


E então, na palavra, surge o alheio,

A poesia que eleva o pensamento,

Do jugo do deus, um laço alheio.


Cruz e Sousa, dos Anjos, e o talento

De Alphonsus, mantêm o cosmo em seu lugar,

Poetas que transmitem sentimento.


No arranjo social, seu verbo a par,

Com Dante, Camões, Pessoa e seu ardor,

Erguem a voz do povo a ecoar.


Na queda encontra o homem seu valor,

Na busca pelo alto e pelo além,

E na palavra, encontra seu calor.



Assim, na terra, o homem vai e vem,

Criado para servir, mas agora ousa,

Na poesia, encontra seu bem.


E mesmo caído, a vida não recusa,

Ergue-se em versos, busca o infinito,

Na arte encontra a força e a musa.


Um servo que à sabedoria se inclina,

Rebento do barro e do erro divino,

No poema, a alma se ilumina.



Na poeira e no pranto, a vida expande,

Homens e mulheres em sina adversa,

Procuram na poesia o que os grande.


A alma que se eleva e não dispersa,

Encontra no verso sua redenção,

Na palavra escrita, a dor reversa.


Cruz e Sousa, em sua contemplação,

Pinta a dor dos negros, eternas dores,

Um cosmo social em revelação.


Augusto dos Anjos, com seus horrores,

Nos lembra da matéria e do além,

Da vida finda e seus desamores.


E Alphonsus, em melancólico amém,

Canta as almas em busca do perdão,

Tocando o eterno com seu porém.


No barro e na queda, surge a canção,

A poesia é o grito do aflito,

Que encontra na palavra a salvação.


Mesmo o deus sem nome, em seu conflito,

Vê no homem algo além da servidão,

Na arte, vê-se um brilho quase infinito.


A poesia como luz e provisão,

Do espírito que anseia ser liberto,

Do jugo, da dor, da escuridão.


E assim, seguimos, nesse mundo incerto,

Na busca do divino e do profano,

Na poesia, o homem está desperto.



Assim, criados do barro insano,

Homens e mulheres, numa dança,

Buscam no verbo o amor humano.


Na queda, a vida encontra esperança,

Na poesia, o voo além da dor,

E na palavra, a eterna aliança.


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1 versão



Tribunal das Almas: O Julgamento do Cristianismo

Canto I: A Sombra da Fé


Em noite lúgubre, sob céus de obsidiana,

Em tribunal macabro, a cena se desliana.

Três poetas, espectros de límpida agonia,

Julgam o Cristianismo, em sua vilania.


Augusto dos Anjos, com pulmões em ruína,

Alphonsus de Guimaraens, com a alma em agonia,

Cruz e Sousa, em pele ébano e alma divina,

Presidem o julgamento, em noite que fulmina.


Canto II: Acusação e Crime


Surge o Promotor-Verme, com voz sepulcral,

Narrando atrocidades, em fúria infernal.

Cruzadas sangrentas, fogueiras a crepitar,

Inquisição tirana, fé a sufocar.


Genocídios em massa, ódio sem igual,

Ciência silenciada, em nome do ritual.

Liberdade aprisionada, em gaiola de metal,

Espírito oprimido, sob o jugo do mortal.


Canto III: A Defesa Inútil


O Cristianismo se defende, com voz fraca e aflita,

Alegando amor e redenção, em sua escrita.

Mas os poetas, implacáveis, com fúria dita:

"Teus atos falam mais alto, em tua alma maldita!"


Canto IV: A Testemunha Macabra


Surge o Verdugo-Diatomácea, com porte soturno,

Trazendo o Macrófago da Luz, em seu urro saturnino.

Ser etéreo e voraz, de poder insólito,

Pronto para devorar o dogma maldito.


Canto V: A Sentença Inevitável


Os poetas, em uníssono, a voz em tom severo,

Proclamam a sentença, num eco derradeiro:

"Cristianismo, por teus crimes sem paralelo,

Serás lançado ao esquecimento, num tormento eterno!"


Canto VI: O Devorador da Fé


O Macrófago da Luz se lança, implacável,

Engolindo o Cristianismo, num tormento abissal.

Sua fé apodrece, em pó se torna infiel,

Deixando apenas a sombra, em um lamento cruel.


Canto VII: A Aurora da Liberdade


Ao fim do julgamento, a aurora se anuncia,

Raios de esperança, trespassando a agonia.

A liberdade renasce, em nova melodia,

E a sombra do Cristianismo, enfim se despedia.


Epílogo: A Voz dos Poetas


Augusto dos Anjos, Alphonsus e Cruz e Sousa,

Em seus versos eternos, a verdade se entoa.

Libertando a humanidade, da fé que aprisiona,

E abrindo caminho, para a nova aurora.



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INTRO MÉTRICA (ajustar palavras)

Na \ ter-ra \ fri-a, \ o \ deus \ sem \ no-me \ veio,


A-ni-mou \ bar-ro \ com \ o \ so-pro \ di-vino,


Cri-ou \ o \ ho-mem \ pa-ra \ e-ter-no \ es-teio.



Ser-vir, \ eis \ seu \ des-ti-no \ e \ de-sa-tino,


Vi-ver \ sem \ co-nhe-cer \ a-lém \ do \ dia,


Ig-no-rar \ o \ fru-to \ do \ ca-minho.



Ao \ la-do \ de-le, \ fei-ta \ em \ a-le-gria,


A \ com-pa-nhei-ra, \ do-ce \ e \ re-lu-zente,


De \ o-lhar \ cu-ri-o-so \ e \ men-te \ fria.



Num \ ges-to \ ar-dil, \ de \ an-sei-o \ trans-pa-rente,


Pro-cu-rou \ sa-ber \ a-lém \ do \ per-mi-tido,


Des-per-tan-do \ o \ sa-ber, \ fa-tal \ ser-pente.



Pro-var \ do \ fru-to, \ o \ pre-ço \ e-ra \ de-vido,


Não \ mais \ ser-vi-a \ ao \ deus \ e \ seu \ co-mando,


O \ ho-mem, \ ci-en-te, \ já \ não \ é \ con-tido.



Des-se \ a-to \ nas-ce \ o \ mun-do \ de-san-dando,


Os \ ho-mens \ vi-vem \ vi-das \ mi-se-ráveis,


Em \ ter-ra \ de \ tris-te-za, \ de \ pran-to \ in-fando.



A-pós \ o \ ho-mem \ pro-var \ o \ fru-to \ pro-i-bido,


O \ co-nhe-ci-men-to \ lhe \ trou-xe \ mal-di-ção,


Sur-giu \ a \ guer-ra, \ o \ me-do, \ o \ des-va-lido.



Da \ fo-me \ vo-raz, \ na \ ter-ra \ sem \ pão,


Ho-mens \ se \ dig-la-diam \ por \ mi-galhas,


Co-ber-tos \ pe-lo \ man-to \ da \ so-li-dão.



No \ fri-o \ cor-tan-te, \ cho-ram \ ba-talhas,


E-cos \ de \ dor \ res-so-am \ nos \ campos,


On-de \ a \ es-pe-ran-ça \ se \ per-de \ em \ falhas.



O \ deus \ sem \ no-me, \ ven-do \ os \ tris-tes \ tramos,


Lan-ça \ suas \ mal-di-ções \ sem \ pie-dade,


So-bre \ os \ fi-lhos \ do \ bar-ro, \ de \ tan-tos \ ramos.



Mas \ da \ mi-sé-ria \ nas-ce \ a \ ne-ces-sida-de,


O \ ho-mem \ cria \ ar-te \ pa-ra \ sua-vizar,


A \ dor \ que \ o-pri-me \ sua \ hu-ma-nida-de.



Pri-mei-ro \ veio \ a \ mú-si-ca, \ a \ en-toar


Can-tos \ de \ la-men-to \ e \ de \ sau-dade,


A \ dan-ça \ em \ ro-do-pi-os \ a \ girar.



Pin-tu-ras \ con-tam \ a \ his-tó-ria \ e \ a \ ve-rada-de,


Do \ so-fri-men-to \ hu-ma-no \ e \ seu \ an-seio,


De \ es-ca-par \ da \ dor \ com \ pu-ra \ vai-dade.



E \ en-tão, \ na \ pa-la-vra, \ sur-ge \ o \ alheio,


A \ poe-sia \ que \ e-le-va \ o \ pen-sa-mento,


Do \ ju-go \ do \ deus, \ um \ la-ço \ alheio.



Cruz \ e \ Sou-sa, \ dos \ An-jos, \ e \ o \ ta-lento


De \ Al-phonsus, \ man-têm \ o \ cos-mo \ em \ seu \ lugar,


Po-e-tas \ que \ trans-mi-tem \ sen-ti-mento.



No \ ar-ran-jo \ so-cial, \ seu \ ver-bo \ a \ par,


Com \ Dan-te, \ Ca-mões, \ Pes-so-a \ e \ seu \ ardor,


Er-guem \ a \ voz \ do \ po-vo \ a \ ecoar.



Na \ que-da \ en-con-tra \ o \ ho-mem \ seu \ valor,


Na \ bus-ca \ pe-lo \ al-to \ e \ pe-lo \ além,


E \ na \ pa-la-vra, \ en-con-tra \ seu \ calor.



As-sim, \ na \ ter-ra, \ o \ ho-mem \ vai \ e \ vem,


Cri-a-do \ pa-ra \ ser-vir, \ mas \ a-go-ra \ ousa,


Na \ poe-sia, \ en-con-tra \ seu \ bem.



E \ mes-mo \ ca-í-do, \ a \ vi-da \ não \ re-cusa,


Er-gue-se \ em \ ver-sos, \ bus-ca \ o \ in-fi-nito,


Na \ ar-te \ en-con-tra \ a \ for-ça \ e \ a \ mu-sa.



Um \ ser-vo \ que \ à \ sa-be-do-ria \ se \ in-clina,


Re-ben-to \ do \ bar-ro \ e \ do \ er-ro \ di-vino,


No \ poe-ma, \ a \ al-ma \ se \ ilu-mina.



Na \ poe-i-ra \ e \ no \ pran-to, \ a \ vi-da \ ex-pande,


Ho-mens \ e \ mu-lhe-res \ em \ si-na \ ad-versa,


Pro-cu-ram \ na \ poe-sia \ o \ que \ os \ grande.



A \ al-ma \ que \ se \ e-le-va \ e \ não \ dis-persa,


En-con-tra \ no \ ver-so \ sua \ re-den-ção,


Na \ pa-la-vra \ es-cri-ta, \ a \ dor \ re-versa.



Cruz \ e \ Sou-sa, \ em \ sua \ con-tem-plação,


Pin-ta \ a \ dor \ dos \ ne-gros, \ e-ter-nas \ dores,


Um \ cos-mo \ so-cial \ em \ re-ve-lação.



Au-gus-to \ dos \ An-jos, \ com \ seus \ ho-rrores,


Nos \ lem-bra \ da \ ma-té-ria \ e \ do \ além,


Da \ vi-da \ fin-da \ e \ seus \ de-sa-mores.



E \ Al-phonsus, \ em \ me-lan-có-li-co \ amém,


Can-ta \ as \ al-mas \ em \ bus-ca \ do \ perdão,


To-can-do \ o \ e-ter-no \ com \ seu \ porém.



No \ bar-ro \ e \ na \ que-da, \ sur-ge \ a \ canção,


A \ poe-sia \ é \ o \ gri-to \ do \ aflito,


Que \ en-con-tra \ na \ pa-la-vra \ a \ sal-vação.



Mes-mo \ o \ deus \ sem \ no-me, \ em \ seu \ con-flito,


Vê \ no \ ho-mem \ al-go \ a-lém \ da \ ser-vidão,


Na \ ar-te, \ vê-se \ um \ bri-lho \ qua-se \ in-fini-to.



A \ poe-sia \ co-mo \ luz \ e \ pro-visão,


Do \ es-pí-ri-to \ que \ an-sei-a \ ser \ li-berto,


Do \ ju-go, \ da \ dor, \ da \ es-cu-ridão.



E \ as-sim, \ se-gui-mos, \ nes-se \ mun-do \ in-certo,


Na \ bus-ca \ do \ di-vi-no \ e \ do \ pro-fano,


Na \ poe-sia, \ o \ ho-mem \ es-tá \ des-perto.



As-sim, \ cri-a-dos \ do \ bar-ro \ in-sano,


Ho-mens \ e \ mu-lhe-res, \ nu-ma \ dança,


Bus-cam \ no \ ver-bo \ o \ a-mor \ hu-mano.



Na \ que-da, \ a \ vi-da \ en-con-tra \ es-pe-rança,


Na \ poe-sia, \ o \ voo \ a-lém \ da \ dor,


E \ na \ pa-la-vra, \ a \ e-ter-na \ a-liança.


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